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Ações para diminuir assimetrias de gênero: prorrogação de prazos na revista Em Construção

A Revista Em Construção: arquivos de epistemologia histórica e estudos de ciência, tendo em vista o momento de crise sanitária, política, econômica e social pelo qual passam as/os pesquisadoras/es brasileiras/os, torna pública a prorrogação dos prazos de recebimento de trabalhos para as duas chamadas de dossiês em aberto. Tal decisão, reflete o comprometimento do corpo editorial da Revista para com ações que visam a diminuição de assimetrias nas relações de gênero no meio acadêmico e editorial científico durante e, sobretudo, após a pandemia.


Chamada de trabalhos para o Dossiê: Diásporas, Dissidências e Devastações


O sistema mundo/colonial/capitalista/patriarcal/heteronormativo/cristão/militar promoveu devastações e produziu o mundo como o conhecemos (KILOMBA, 2019). Em outras palavras, o colonialismo forçou e continua promovendo o espalhamento, a obliteração e o genocídio dos povos que se encontram, como nos alerta Krenak (2019), na ‘periferia da humanidade’. Seus corpos e suas práticas - dissidentes da norma colonial - seguem resistindo enquanto sobrevivem e atravessam o fim do mundo como o conhecemos reconstituindo outra (s) existência (s). Este dossiê reunirá produções que se propõem a (re)construir outro pensamento e ação-política contra colonial e anti cisheteronormativa. O intuito é rompermos com uma ciência estanque que legitima e monopoliza o saber universal e eurocentrado enquanto desumaniza corpos a partir de concepções racistas e LGBTQfóbicas (COLLINS, 2019; GUEDES, 2017). Sabemos que os estudos da contra colonialidade vão muito além de um projeto acadêmico. No nosso entendimento, a contra colonialidade consiste também numa prática de oposição e intervenção que surgiu desde quando o primeiro sujeito colonial reagiu contra os desígnios imperiais do homem branco colonizador (GROSFOGUEL, 2011; MALDONADO-TORRES, 2016). E assim, os povos em diáspora e aqueles que se desviam da norma branca cisheteronormativa resistem às degradações ontoepistemológicas ocidentais (SILVA, 2014). Desta forma, propomos narrativas nos formatos de artigo acadêmico, resenha, relato de experiência e que versem sobre todas e quaisquer formas de saberes contra coloniais, seja a saúde, a educação, ciências humanas em geral, cosmologias indígenas e africanas, etc.


Prorrogado o prazo para o envio de trabalhos: 07/09/20


Previsão da publicação: 01/2021





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