“O objetivo do Feminismo Negro é o desenvolvimento do empoderamento das mulheres negras, tendo em vista o que Collins denomina de justiça social ou o que Davis salienta como modificação das estruturas sociais. Este empoderamento não é direcionado pura e simplesmente para conquistas individuais, mas às coletividades de mulheres negras que desenvolvem um entendimento de sua condição social e política, de sua história e de suas variadas habilidades, autoafirmando-se e trilhando caminhos de superação das condições impostas pela dominação”.
No verbete “Feminismo Negro”, escrito especialmente para o Blog Mulheres na Filosofia, Halina Leal nos presenteia com uma análise dos principais elementos que caracterizam o movimento teórico e prático protagonizado por mulheres negras, designado por “feminismo negro”.
A partir de Angela Davis, Grada Kilomba, Patricia Hill Collins, bell hooks, Lélia Gonzales, Beatriz Nascimento, Djamila Ribeiro, entre outras, Halina Leal mostra que as inestimáveis contribuições práticas e teóricas das feministas negras advêm do seu posicionamento crítico tanto com relação aos movimentos feministas protagonizados pelas mulheres brancas, quanto com relação aos movimentos antirracistas protagonizados por homens negros.
O texto também articula primorosamente as noções de intersecionalidade e lugar de fala com a proposta de uma epistemologia baseada na interação entre teoria e vivência.
Desligue um pouco das aflições causadas pelo Covid-19 e corra para ler este verbete, pois nós vamos precisar (e muito!) do feminismo negro e da sua leitura crítica da história para entender, transformar e reinventar este nosso mundo. Acesse aqui o verbete.
Halina Leal, professora da Universidade Regional de Blumenal e líder do GENERA (Grupo de Pesquisas em Gênero, Raça e Poder), pesquisa nas áreas de Teoria do Conhecimento, Filosofia da Ciência, Ética e Feminismo Negro.
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