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Hipárchia, a cínica

Foto do escritor: Juliana AggioJuliana Aggio

Falarei sobre Hipárchia não por ela ter sido uma mulher entre filósofos, mas uma filósofa entre filósofos. Excluída do direito à voz e à cidadania por ser uma mulher em uma polis grega, soube fazer uso da parresia – coragem de se fazer livre para falar o que pensa em público – como uma arma filosófica e política. Soube viver um modo de vida cínico, seguindo com austeridade os princípios de liberdade, desapego, autossuficiência e contestação das normas e costumes, expondo-se sem pudor. Soube viver como uma cínica, isto é, uma cadela (kyôn/kynos), ressignificando um termo pejorativo. Uma cadela entre cachorros e entre caninos não há hierarquia social e inferiorização da mulher. Talvez, por isso, tenha vivido como uma feminista, e, talvez, a primeira filósofa feminista.


 
 
 

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