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Novo verbete: Macrina


Macrina nasceu por volta de 327 em Cesareia, na Capadócia (leste da Ásia Menor), irmã mais velha de Basílio de Cesárea e de Gregório de Nisa. Após a morte de seu noivo, ela se retirou com sua mãe Emélia e alguns ex-criados para uma fazenda da família no rio Íris perto de Anesi, onde viveu uma vida de contemplação, oração e penitência.

Gregório, que considerava Macrina uma mulher com formação teológica, desenvolveu uma espécie de biografia filosófica sobre a irmã, a principal fonte de informação sobre a vida e pensamento dela, Vida de Macrina. Esta obra abriga profundas discussões teológicas e filosóficas mantidas no encontro entre os irmãos nos últimos dois dias da vida de Macrina. Gregório entendeu a vida da irmã como um modelo a seguir. Ela “ascendeu à mais alta virtude humana por meio da filosofia” (VM 1.3).


Macrina ensinou ao irmão sobre a imortalidade da alma, trouxe a dor da perda humana para o campo da pedagogia do espírito e argumentou sobre a virtude e os sacrifícios que ela implica. Neste verbete, Laura Carolina informa como Macrina concebia a alma é como essencialmente sem gênero, ao considerar uma igualdade espiritual entre homens e mulheres. Assim, a figura de Macrina representa uma alteração nos papéis usuais, tanto femininos quanto masculinos, uma vez que ela adota os dois tipos de papéis e assim os transforma (Cadenhead, 2018).


Conheça a vida e o pensamento de Macrina neste verbete escrito pela professora da Universidade de Buenos Aires, Laura Carolina Durán. Assista aqui à entrevista com a autora do verbete.

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